O meu livro garrafa

terça-feira, 10 de junho de 2014

Coração ao alto

Aquele momento intenso e fugaz em que me assaltas o pensamento e permaneces - uma vertigem!
Como pode a permanência ser tão fugaz?
Respiro-te num breve sopro, alimento-me das tuas palavras e do teu toque antes que de novo me escapes. Na verdade nunca me escapas efectivamente, marcando na minha alma o teu lugar de forma indelével. É disto que me alimento, das emoções e sensações que me despertas, do arrepiar da pele, dos risos e gargalhadas incontidos, do carinho.
Sou espectadora interessada de ti, ouvinte atenta. Sabes que mesmo quando não te entendo eu estou ao teu lado e o tempo, se o houver, se encarregará de ajustar as nossas diferenças sem desvirtuar as nossas personalidades. Cresceremos juntos em alma e idade, na vertigem de um amor por descobrir.
Não adianta, sou fã incondicional da vida em montanha russa de emoções, e esta vertigem, permanente na sua inconstância, que trazes à minha vida, de novo me prova de que não adianta lutar contra.
Encho o peito de ar, ergo, como sempre, a cabeça, e...  coração ao alto... 



6 comentários:

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    1. Patrícia, obrigada!
      Espero que mais textos continuem surgindo :) Para desenferrujar! ;)

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  2. Aconchegada a alma, aquecido o coração... agora sim, é hora de dormir. Beijocas e obrigada por este mimo nocturno

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    1. Ana, amiga... sem mais palavras, apenas Obrigada por estares aqui, e ali, e além, sempre!!! <3

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  3. "como pode a permanência ser tão fugaz?" fiquei com esta frase na cabeça desde que a li no outro dia... Pode, não pode? o que permanece cicatrizado em nós mas esvai-se inexplicavelmente à nossa volta?
    gostei muito, beijinho

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    1. É isso mesmo Sónia ;) Percebeste o sentido que quis imprimir à expressão!! Beijinhos

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