O meu livro garrafa

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Das esperas

Falar sobre esperas e não sentir a o sangue a correr-me nas veias não é possível. O calor que sobe e emerge à flor da pele, de dentro para fora e provoca algo como uma breve alucinação, rasgando os lábios num sorriso e trazendo aos olhos a emoção de uma lágrima nervosa e impaciente.
Faz-se de batimentos mais ou menos compassados o tempo que medeia a espera e o encontro, talvez porque o coração se muda temporariamente para a garganta dificultando a função de engolir, de respirar, doce ansiedade esta da espera pelo que é concreto, pelo que é verdadeiro - sempre uma primeira vez a cada novo encontro.
Já não me culpo mais de esperar tanto e sempre, não me culpo sequer de entregar as minhas emoções a quem me chega dentro da alma, brinca junto comigo e derrama também as suas emoções para se envolverem com as minhas num suave bailado de energia, de amor...
Já não me questiono sobre esperas, agora vivo-as intensamente porque me trazem, adornada de significado, a felicidade - sempre eterna enquanto dura! 
Não vou precisar esperar para sempre, mas esperarei o que for preciso enquanto tiver a consciência de que o caminho te traz até mim, e mais que o caminho... a vontade...

7 comentários:

  1. Acho q assim não vai chegar à minha idade....kkkk

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  2. acho o coração vive muitas vezes na garganta, e ainda bem :)
    um beijinho grande
    (continuo sem conseguir comentar no telemóvel...)

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    Respostas
    1. É verdade e nós sabemos que sim ;) [Não sei o que se passa, é só neste blogue que não consegues???]
      Bjocas

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    2. Bateram badaladas no velho relógio de parede que eu herdei, J.A.
      não sei de quem a que horas nem sei.
      Acordei de um sono profundo que me tinha proporcionado um sonho não deste mas de outro mundo,e disto eu sei.
      Não me recordo de ter dado corda ao relógio ,nem tão pouco do sonho que tive,mas ali estive, como quem o sonho vive.
      Sem horário como o meu velho relógio ,vai badalando como quem chama por mim e eu ,sonhando .

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    3. Meu amigo JA :) É um prazer enorme vê-lo aqui. Não me esqueço que foi, há muito tempo atrás, um dos meus maiores incentivos para a escrita :) Obrigada, por isso e por tudo ;) Beijinhos

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  3. Estás a habituar-me mal, Natacha! Já fico por aqui... à espera do próximo :)

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